Quando um ano termina e um novo se inicia, fazem-se balanços e declaram-se intenções de recomeço.
Não gostamos de números, porque nos distanciam das histórias, dos rostos e das vidas. Mas, queremos iniciar 2024 lembrando as 3546 pessoas, viajantes da esperança, que morreram no mar a tentar chegar à Europa, em 2023.
Desejamos que em 2024 a dignidade humana das pessoas que migram esteja no centro da política europeia de migração e asilo:
- passagens legais e seguras e corredores humanitários;
- operações europeias de busca e salvamento no mar;
- sistemas de acolhimento que assegurem condições de recepção e integração dignas;
- solidariedade entre os Estados que permita programas coordenados de recolocação;
- prestação de contas e responsabilização das entidades envolvidas no controlo de fronteiras, recepção e acolhimento.
Que, no novo ano, honremos o sacrifício e a coragem de todas as pessoas que migram com atos concretos de hospitalidade e fraternidade.
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