Alguns dados sobre a forma como lidamos com o sofrimento dos outros:
— As organizações internacionais dão nota que o número de pessoas deslocadas e refugiadas em todo o mundo aumentou.
Os números aumentam e a distância entre o que é aterrador e o que se está a tornar normal diminui. #worldrefugeeday
— Barcos de resgate e salvamento de ONGs estão impedidos de patrulharem o Mediterrâneo — a fronteira que mais pessoas mata em todo o mundo.
Salvar Alguém que precisa não é um ato de humano, é um ato ilegal. #eufariaomesmo
— Existem campos de acolhimento — vulgarmente chamados de campos de refugiados — são o inferno onde milhares de crianças são sujeitas a condições degradantes.
Preferimos esquecer que estes lugares existem, aqui. #stepwithrefugees
— Continuam a chegar pessoas fugidas da guerra, da fome, das perseguições e dos desastres climáticos à Europa todos os dias — o acolhimento digno e próximo é urgente.
O Acolhimento não é pleno se assentar apenas em processos e prazos legais, precisamos de abertura e compreensão. #refugeeswelcome#diamundialdorefugiado
“A dimensão moral altera-se com a distância. É por isso que a parábola do barco nos coloca um dilema grave e a nossa vida quotidiana não. Um rosto colado à janela muda tudo. (…)
Se não temos proximidade precisamos de fazer essa viagem. Necessitamos de viajar até ao outro quando ele não tem a possibilidade de chegar até nós. E depois decidir se um rosto colado ao vidro é justo e se isso não muda a qualidade do nosso sono.” Jalan Jalan, de Afonso Cruz
No dia 6 de novembro de 2017, a Guarda Costeira Líbia interferiu com os esforços do navio da Sea-Watch que procurava resgatar 130 migrantes de um bote a afundar. Pelo menos 20 dos migrantes morreram no mar, como resultado da ação irresponsável da referida Guarda Costeira, que ignorou os protocolos de segurança mais básicos.
Os chamados ‘pull-backs’ violam os Direitos Humanos, não podendo um parceiro como a Líbia tornar-se um instrumento nas mãos do Estado Italiano, para que este cumpra ‘com as mãos lavadas’ abusos e violações de direitos de migrantes.
Neste caso , e noutros semelhantes entre a Itália e a Líbia, a conduta italiana viola os princípios de Direito Internacional a que o Estado Italiano está vinculado: a proibição da tortura e tratamentos desumanos e degradantes e a proibição das expulsões coletivas. Espera-se assim a reafirmação do valor destes princípios fundamentais de Direito Internacional.
Podem apoiar a campanha da HuBB — Humans Before Borders aqui: https://ppl.pt/causas/miguel
Podem ouvir o que Refugiados acolhidos em Portugal têm para dizer na campanha JRS Portugal — Serviço Jesuíta aos Refugiadosaqui:
https://www.facebook.com/jrsportugal/videos/1114196852037360/
Podem obter mais informação com a série do Fumaça aqui:
https://fumaca.pt/category/series/aquilo-e-a-europa/?fbclid=IwAR1jBG6z9X4OhxHqlhoXQ6M2EaBPKgcm_GP-HfNTyWcrg_u4El3LSJo4J5I
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Artigo escrito no âmbito do evento MEERU Convida Amigos - Documentar a Urgência.
Junho de 2019